Muguet
Alta-costura Primavera-Verão 1957, linha Libre
O vestido Muguet é um dos modelos icônicos da Maison. Seu nome, o formato de sua saia com babados e o bordado que decora delicadamente o conjunto lembram a flor favorita do estilista.
O lírio-do-vale, devido ao seu simbolismo, era muito apreciado pelo estilista: ele é visto como uma flor da sorte e até hoje é presenteado a toda a equipe da Maison no dia 1º de maio.
Christian Dior era supersticioso. Ele mesmo usava lírio-do-vale o tempo todo.
Três anos antes da criação do vestido Muguet, Christian Dior dedicou uma linha inteira a essa flor, na coleção Primavera-Verão 1954.
O lírio-do-vale também faz parte da composição dos perfumes da Maison. Ele é pouco usado por ser uma flor de aroma oculto: sua fragrância desaparece à menor tentativa de extração. Estas flores elusivas representam o “desespero do perfumista”.
Christian Dior, no entanto, decidiu usar o lírio-do-vale como nota essencial de seu perfume Diorissimo, lançado em 1956. A criação deste perfume foi confiada a Edmond Roudnitska, que já havia criado o perfume Diorama para a Maison em 1949.
Várias flores foram necessárias para obter a fragrância do lírio-do-vale. Elas incluíam o ylang-ylang, o jasmim e a Rose de Mai, cujas ondulações adornam o frasco do Diorissimo, desenhado por Christian Dior.
© Laziz Hamani ; © Jacques Rouchon/Roger-Viollet ; © Loomis Dean/The LIFE Picture Collection/Shutterstock